
SARGENTO MACHADO

Benedito Faria Machado, 94 anos, é casado há 67 anos com Maria Ignez de Godoy Machado e pai de cinco filhos. Na juventude, foi seminarista, por nove anos, no Seminário Santo Antônio Maria Claret, em Rio Claro, onde cursou Filosofia e concluiu seus estudos com conceitos altíssimos. Filho de João Alves Machado e Ana de Jesus Faria, imigrantes portugueses, Machado nasceu, cresceu, estudou, trabalhou e se casou em Pouso Alegre, cidade alvo das suas iniciativas sociais, profissionais e religiosas. Advogado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas, em 1971, 2º sargento reformado do Exército, especialista em Administração Hospitalar, em 1976, Machado foi professor de Desenho Geométrico, Português e Educação Moral e Cívica nos cursos ginasiais do antigo Colégio de Comércio e do Colégio São José, professor titular de Estudos dos Problemas Brasileiros na Faculdade de Ciências Médicas Dr. José Antônio Garcia Coutinho, da qual também foi 1º secretário, vice-diretor e diretor interino, durante curso no exterior do, então, diretor, professor doutor Virgínio Cândido Tosta de Souza, e diretor-executivo da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí, quando frequentou o curso de Administração Acadêmica Centralizada em Belém do Pará. Pelos seus serviços prestados à Fuvs e à Faculdade de Medicina, Machado recebeu diversos diplomas de honra ao mérito. Machado foi também professor da primeira turma do Cenec, antigo Ceneg, quando o instituto veio para Pouso Alegre.
Machado é conhecido em Pouso Alegre e região pelo seu talento artístico, sua fé religiosa e sua caridade cristã. Como pintor de telas, participou de várias exposições com seus quadros na Galeria Artigas, agências bancárias e praças públicas em comemoração ao aniversário de Pouso Alegre. Seus quadros estão espalhados pela cidade, na capela do Hospital das Clínicas Samuel Libânio, Palácio do Bispo, Quartel do 14º GAC, Colégio São José, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Eugênio Paccelli e outros estabelecimentos e residências particulares, espalhados pelo Brasil, como, por exemplo, no Quartel de Três Corações e de Juiz de Fora e a igreja de Congonhal.
Como religioso, Machado pregou centenas de cursos para jovens e casais durante muitos anos. Sempre acompanhando o que havia de mais novidade na Igreja Católica, frequentou o curso de Formação e Liderança Social, ministrado pelo Centro de Investigações de Ação Social de Brasília em 1965 e o Curso de Desenvolvimento Integral para execução do programa de divulgação da Doutrina Social Cristã em 1972. Leitor assíduo dos documentos do Vaticano e da CNBB, professor do Catecismo da Igreja Católica para diversos grupos religiosos, Machado foi também, durante anos, responsável pelos cursos de noivos na cidade, preparando, com conteúdo doutrinal e testemunho de vida, os casais desta cidade. Foi também líder do movimento Cursilho de Cristandade, que atendeu centenas de pessoas à procura de conversão e de uma vida espiritual mais profunda. Machado também foi responsável pela formação e atuação dos ministros da Eucaristia e missionários da Paróquia do Imaculado Coração de Maria por muitos anos, além dos serviços de pintura, construção, reforma e arte de diversas igrejas e capelas de Pouso Alegre.
A fé em Jesus Cristo fez com que Machado dedicasse sua vida a diminuir as injustiças e tristezas dos mais carentes de Pouso Alegre. Sua casa é endereço certo na memória dos pobres desta cidade. Muitos deles, sem terem a quem recorrer, chegam a sua casa para lhe pedir auxílio. Junto com sua esposa, essas pessoas são atendidas com sacos de cimento, tijolos, casas inteiras, pratos de comida, remédios, fotos para documentos e todo tipo de ajuda. Membro do Movimento Social de Promoção Humana, liderado pela saudosa irmã Ester, foi coordenador da construção de casas para pobres em terreno doado pela prefeitura na década de 70 e, no governo do prefeito Simão Pedro, foi o coordenador, pulso firme e honesto, da construção de mais de 300 casas do Projeto João de Barro no bairro São João. Também trabalhou como vice-diretor da Associação de Proteção à Infância e ainda ajuda muitas pessoas carentes.
Com o avanço da idade, diminuiu bastante suas atividades, mas não deixa a leitura diária do jornal Folha de S.Paulo, suas orações constantes, em vários momentos do dia, e seu sono sagrado após o almoço.
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